Chutes Poéticos

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Location: Porto Alegre, Brazil

Um índio!!!

Wednesday, March 21, 2007

Some!

Ah! Desmancha essa cara!
Se querias que eu sentisse nojo de ti
Conseguiste essa façanha com louvor.
Ah! Essa tua pós-inteligência
Milimétricamente fingida
Essa mania de querer explicar coisas
Que nem o diabo entende
Não! Não chega perto
Pois não te suporto mais!
Prá você que acha que entende tudo
Vou explicar algo incrível
Que inclusive tirei do baú...
O tempo amiga
É uma mistura de leão com urubu
E um dia esse horrendo animal híbrido
Há de carcomer o teu cu!

Monday, March 12, 2007

Sued

A forma inversa
não impede nem colabora
com a falta de explicação
dessa luz implícita
desses sons indecifráveis
que me invadem
torturando ou acalmando
fazendo sonhar, viver...
Pecado é não sorrir
não perceber a beleza
em todas as suas formas
a beleza da tristeza
um coração que levanta
e corre na tempestade
prá sentir na pele
a doce dor da verdade.
Que ninguém me explique
o que eu aprendi
de forma tão estranha
praticamente extraído
das entranhas
durante tantos dias
e tantas noites.
Só sei que acredito em ti
e juro que um dia
acredito também em mim.

Saturday, March 10, 2007

Mortífera

Ela é um verme escroto
que passeia no seu rosto
buscando sempre uma maneira
de comer seus olhos
e depois sua pele inteira...
E depois vomitar
em qualquer sarjeta!
Nunca espere um beijo
nem sequer um soco, amigo
espere a morte repleta de escuridão
nestes versos...
O que encontrar além disso
é a mais pura ilusão
e o pior fingimento.

Águas Noturnas

A chuva escorre lenta
pelo cemitério
molhando os túmulos calmamente
abrindo trilhas fúnebres
que levam até as lápides
pouco visitadas.
A eternidade solitária
de um cadáver sombrio
faz parar meu raciocínio
através de um turbilhão
confuso de pensamentos.
Meus lábios enormes
parecem querer beijar a escuridão
em um momento louco,
um espasmo apaixonado...
Querem a vida vagabunda
dançando dissimuladamente
em cima da cova de algum parente.