Chutes Poéticos

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Location: Porto Alegre, Brazil

Um índio!!!

Thursday, May 24, 2007

Caverna noturna

Sinto novamente o vento noturno
Agora mais frio que outrora
E vejo teus olhos adivinhando a aurora
E o passo sombrio de um homem taciturno

O dia amanhece e começa a espera
E fervem na minha mente os devaneios
Esperando que nessa noite acabem-se os anseios
E eu possa enfim ver a parte do seu corpo que impera

Impera por ter sabor
E sinto bem forte o sangue nas veias
A noite chegou contigo e suas cores belas

Impera por ter calor
E para ser aranha não faltam-lhe teias
E minha língua louca se enrosca nelas

Serpenosa

Ah! Essa serpente...
Com sua língua bem afiada
Falando amiúde e pelas costas
Será que de mim ela gosta?
Some da minha frente miserável!
Me deixe aqui nas minhas orgias
E cuide que até penso em tuas crias
ainda que de maneira execrável e duvidosa...

Vinho

Vinho...Bebida quente
Esquenta como nenhum outro trago
O sangue da gente
Faz viver! Faz sonhar!
Mas, acima de tudo
Faz os casais ficarem
noites e dias a trepar!

Thursday, May 17, 2007

Prá ela

Ah! Esse poema é prá ela!
Prá ela quem?
Ora, prá ela, prá ela...
Quase não sei nada dela
Só sei do cheiro que tem nela
E que vive com ela...
Se ela soubesse o que penso
E o que eu penso em fazer com ela...
Faço dos meus olhos
Diariamente a sua passarela
E ela passa como quem foge
E só deixa o cheiro dela...
Minha boca pede mais um beijo
Porém distante é que me vejo
Pois perco a voz
E enrolo todo o pensamento
Quando me aproximo dela.
Não sei de nada que lhe apraz
Se músicas, se filmes
Se danças, se teatro
não sei de nada que a satisfaz,
E talvez nunca saiba
Pois sempre que a vejo
Me sobe até a garganta um desejo
E então eu perco denovo a voz
E enrolo ainda mais o pensamento.

Monday, May 07, 2007

O Fim da Trilogia Sexual (ou o começo da odisséia)

Prá que todo esse pudor?
Nascemos e morremos pelados
E somos por natureza tarados
Então, qual é o motivo de tanto horror?

Nosso cinema é tão libertino
Fato que me causa tremenda emoção
E impõe-me, portanto, tamanho tesão
Não pode ser um mero desatino

Deixe-me ver se entendo
O motivo de tanto tormento
Vem dos Deuses e toda sua falta de nexo?

Só sei que os degraus da pureza vou descendo
E todos os insultos bravamente enfrento
Na busca de um eterno e ruidoso sexo!